Meditação
Diária
Existe
Perdão
Alejandro Bullon
Encontraram-se
a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram. Sal. 85:10.
O martelo da culpa é cruel. Crucifica você no madeiro de sua
própria história. Os pregos das lembranças paralisam sua vida. As pessoas
passam e você fica imobilizado. Como se a derrota fosse a autopunição que
“merece”.
Quando a culpa não o perturba pode ser mais perigoso. O
cinismo é fatal. É o abismo sem fundo de onde não existe retorno. É o ponto
final de qualquer história.
O Salmo 85 é a visão do salmista da maneira como Deus lida
com o problema da culpa do ser humano. Este salmo fala do Calvário. Ali, numa
inglória cruz, encontraram-se a graça e a verdade e se beijaram a justiça e a
paz.
Ao andar nos seus próprios caminhos, a criatura escolheu
voluntariamente o caminho da morte. Não havia esperança na sua triste
existência. O princípio universal da justiça estabelecia a consequência natural
de sua escolha: morte. Esta é uma verdade inquestionável. Não é castigo divino.
É fato. Realidade lógica. A criatura rebelde tinha perdido o direito à vida.
Era justo. A justiça e a verdade estão unidas em seu veredicto: morte. Mas no
Calvário a justiça não se encontra com a verdade, mas com a graça. O que é
graça? É uma dádiva. Você não merece. Ninguém merece. A justiça demanda que o
homem morra. Mas quem morre é Jesus e, pela graça, outorga a salvação ao homem.
A verdade é que a criatura pecou e merece morrer. Na cruz,
essa verdade se beija com a paz. O homem aceita o perdão divino. E, embora seja
verdade que ele pecou, experimenta paz porque Jesus morreu no seu lugar. Sua
culpa foi expiada. O preço de sua rebeldia foi pago, seu pecado foi perdoado.
Não pretenda entender. Apenas aceite.
Não mais noites de insônia. Não mais culpa, nem desespero,
nem vontade de morrer. Um novo dia amanhece na sua vida. O Senhor lhe entrega
uma página em branco para escrever uma nova história.
Parta hoje para uma nova experiência. Quando o martelo da
culpa bater no seu coração, quando a consciência gritar: “culpado”, e a
história dos seus erros o atormentar, olhe para a cruz do Calvário, onde
“encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram”.