Meditação
Diária-
Caminhando
com Jesus Cristo
A
Justiça que Excede
George R.Knight
Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes?
Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos
irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? Mateus
5:46,47
A fluência do
argumento em Mateus 5 faz uma mudança inesperada nos versos 46 e 47. Até aí,
Jesus vinha argumentando que nossa justiça precisa exceder a dos escribas e
fariseus. Jesus nos forneceu seis ilustrações sobre como eles deixaram de
compreender a lei. Seis vezes Ele contrastou Sua interpretação da Lei com a interpretação
deles.
Mas, agora no auge do Seu argumento, Jesus menciona duas
vezes os publicanos. Por quê? Por que
mencionar essas pessoas, se elas estão no outro extremo social e religioso em
relação aos escribas e fariseus? Se os fariseus se orgulhavam de sua separação
de todos os gentios ( inclusive os romanos), os injustos cobradores de impostos
(publicanos) colaboravam com o inimigo. Se os fariseus eram escrupulosos em sua
observância dos deveres religiosos, os publicanos faziam as coisas à sua moda. Eles
não se importavam com os mínimos
detalhes da religião. Estavam procurando se divertir.
Portanto somos forçados a perguntar mais uma vez, porque
Jesus ilustrou Seu assunto mencionando os publicanos, quando Ele podia com a
maior naturalidade dizer que até os fariseus amavam os que os amavam, e que a
nossa justiça deve exceder a deles?
A resposta parece ser que Jesus estava salientando o fato de
que a religião legalista e a falta de religião são regidas pelos mesmos princípios: os princípios
do mundo. Em resumo, a verdadeira
justiça dos escribas e fariseus nada tinha “ de mais”, nem sequer excedia a dos
publicanos.
Tanto os religiosos legalistas como os liberais galardoam
aqueles que gostam deles, que os saúdam e os convidam para uma refeição. Mas a
justiça dos seguidores de Deus é radicalmente diferente da do mundo. À
semelhança de Deus, seus seguidores precisam aprender até a bendizer seus
inimigos, amá-los e desejar-lhes o que há de melhor.
Essa é essência da religião radical. É a essência da
religião radical. É a essência do verdadeiro cristianismo e da justiça que deve
exceder a dos escribas e fariseus.
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