Uma Cruz Romana
E, sentando-se, vigiavam-no ali. Mateus 27:36, NVI.
O povo havia saído às ruas para assistir a Sua morte. Pescadores acotovelavam comerciantes em busca de um espaço, sacerdotes acotovelavam donas de casa para obter uma melhor visualização. Alguns o conheciam bem, outros quase não o conheciam. Muitos tinham vindo somente para ver a espetáculo – assistir a Sua morte. Alguns riam e brincavam enquanto a execução prosseguia. Uns poucos choravam. Levaria um bom tempo – com certeza algumas horas – então eles se assentaram na grama e nas pedras para assistir.
Soldados estavam lá também. Alguns deles estavam de serviço. Depois de um tempo alguém começou um jogo de dados. Uma execução não era novidade para eles – já haviam testemunhado cenas semelhantes inúmeras vezes.
No entanto, essa morte pública era diferente. Como as pessoas poderiam adivinhar que antes do final do dia, o oficial encarregado diria: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus" (Marcos 15:39)? Como poderiam saber que a execução que estava acontecendo se tornaria o símbolo de uma nova religião?
Então, tomamos o nosso lugar entre a multidão. Encontramos um espaço vago na grama e nos sentamos. Olhamos para Ele, assistimos enquanto Ele está morrendo pendurado na cruz. Ficamos nos perguntando, como Ele veio parar aqui? "Parem com essa grande injustiça!" queremos gritar. "Quem foi o responsável por esse ato diabólico?"
E enquanto o assistimos as respostas chegam. Lentamente. Quatro delas. É claro – os romanos foram os responsáveis! Aqueles soldados ao redor da cruz, aquele oficial – eram todos romanos. Autoridades romanas ordenaram a sua morte. Eles O pregaram numa cruz romana.
Legalmente, é uma execução romana. Os judeus não executavam por crucificação. Eles apedrejavam os infratores até a morte. Mas a Palestina do primeiro século estava sob o jugo de Roma, e os Judeus não tinham mais autoridade para emitir o decreto de morte. "Nós não temos o direito de executar ninguém", disseram ao governador romano (João 18:31, NVI).
Um governador romano assinou a sentença de morte. "Você não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo e para crucificá-lo?" Pôncio Pilatos perguntou a Jesus (João 19:10, NVI). A presença deste Homem forte e silencioso confundiu e perturbou a Pilatos. Ele não conseguiu encontrar nenhuma falha nele, sem dúvida nenhum incidente que justificasse o decreto de morte.
E, no entanto, seus próprios compatriotas exigiram o Seu sangue. Homens poderosos no grupo – a hierarquia religiosa – pareciam determinados a acabar com ele. Quando Pilatos disse-lhes: "Devo crucificar o rei de vocês?" os chefes dos sacerdotes responderam: "Não temos rei, senão César". "Crucifica-o!" (João 19:15;. Mateus 27:22, 23).
Portanto, do ponto de vista legal quem matou a Cristo foram os romanos. Ele foi executado por ordem de um governador romano, pelos soldados romanos, e numa cruz romana.
Mas a cruz foi mais do que isso.
ORAÇÃO
Senhor manso e humilde que aceitaste morte tão cruel. Ajuda-me a entender o mistério da cruz.
Autor: William G. Johnsson
Nenhum comentário:
Postar um comentário