O calvário
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda. Lucas 23:33, ARA.
Os romanos não inventaram a cruz. Essa sombria honra pertence provavelmente aos Fenícios. Mas os romanos tomaram a cruz e a empregaram durante séculos para deter a oposição ao império, geralmente de forma bem sucedida. Eles erigiram dezenas de milhares de cruzes a fim de impor o domínio romano.
A cruz servia magistralmente aos propósitos dos Romanos. Era preeminentemente um meio de execução pública. O adversário daPax Romana desfilava pelas ruas carregando a sua cruz ou uma parte dela. Os transeuntes viam e estremeciam. O local da execução era um local público. Que as multidões vejam o destino de qualquer um que tenha ousado se levantar contra Roma! E a morte ocorria lentamente. A vítima podia durar dias, pregada ou amarrada à sua cruz, até que a exposição ao sol e a perda de fluidos corporais trazia o misericordioso descanso.
Os Romanos empregavam amplamente a cruz – mas nunca em seus próprios cidadãos. Nenhum cidadão romano jamais podia ser crucificado. Quando imperadores ocasionalmente ignoravam essa restrição, indignação generalizada e tumulto se seguiam. A cruz era um símbolo de vergonha e humilhação – algo horrendo demais para um cidadão de Roma. O apóstolo Paulo, por exemplo, um cidadão romano, não foi crucificado. Ele foi condenado à morte pela espada.
Mas Jesus de Nazaré, como não tinha a cidadania romana, podia ser crucificado, e foi o que lhe aconteceu.
"O imaculado Filho de Deus pendia da cruz, a carne lacerada pelos açoites; aquelas mãos tantas vezes estendidas para abençoar, pregadas ao lenho; aqueles pés tão incansáveis em serviço de amor, cravados no madeiro; a régia cabeça ferida pela coroa de espinhos; aqueles trêmulos lábios entreabertos para deixar escapar um grito de dor.
"E tudo quanto sofreu – as gotas de sangue a Lhe correr da fronte, das mãos e dos pés, a agonia que Lhe atormentou o corpo, e a indizível angústia que Lhe encheu a alma ao ocultar-se dEle a face do Pai – tudo fala a cada filho da família humana, declarando: É por ti que o Filho de Deus consente em carregar esse fardo de culpa; por ti Ele destrói o domínio da morte, e abre as portas do Paraíso. Aquele que impôs calma às ondas revoltas, e caminhou por sobre as espumejantes vagas, que fez tremerem os demônios e fugir a doença, que abriu os olhos cegos e chamou os mortos à vida ofereceu-Se a Si mesmo na cruz em sacrifício, e tudo isso por amor de ti. Ele, o que leva sobre Si os pecados, sofre a ira da justiça divina, e torna-Se mesmo pecado por amor de ti" (O Desejado de Todas as Nações, p. 755, 756).
ORAÇÃO
Senhor ajuda-me a apreciar mais completamente o Calvário onde meu salvador demonstrou de maneira clara o imenso amor que Tem por mim.
Autor: William G. Johnsson
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