Sinais e Glória
Mesmo depois que Jesus fez todos aqueles sinais milagrosos, não creram nele. João 12:37, NVI.
O evangelho de João se divide em duas partes distintas – "sinais" e "glória".
Os sinais acontecem nos primeiros 12 capítulos do livro. Jesus, o Verbo que se fez carne, cheio de graça e verdade, manifestou a Sua divindade através de uma série de feitos surpreendentes.
Jesus transformou a água em vinho nas bodas de Caná. Conforme João, este foi o início dos seus sinais (João 2:11). Ele realizou feitos milagrosos em Jerusalém, na Páscoa, e muitas pessoas creram nEle (versículo 23). Nicodemos, ainda descrente, foi atraído a Jesus por Seus sinais e conversou com Ele em uma audiência noturna (João 3:1, 2). Depois que Jesus curou o filho do nobre de Cafarnaum, o oficial e toda a sua casa creram (João 4:48-53). Jesus realizou muitos outros milagres – Ele restaurou o homem coxo junto ao tanque de Betesda (João 5); Ele alimentou a multidão na encosta da montanha (João 6), Ele deu vista a um mendigo que era cego desde o nascimento (João 9).
Muitas pessoas hoje não acreditam em milagres. Até mesmo alguns cristãos passaram a não acreditar, deslumbrados com as conquistas do método científico e seduzidos pela psicologia. Mas se Deus viesse a Terra como homem, deveríamos esperar milagres.
Os milagres de Jesus revelaram quem Ele era. Eles eram “flashes” da divindade. No entanto, João observa com pesar: "Mesmo depois que Jesus fez todos aqueles sinais milagrosos, não creram nele" (João 12:37). As pessoas viram os sinais, mas não aceitaram a mensagem trazida por eles.
O tema dos "sinais", que une os primeiros 12 capítulos do evangelho de João, cessa abruptamente com esse versículo. Agora, um novo tema vai dominar o restante do livro – glória. A expressão já é introduzida no versículo 23 do capítulo 12: "Jesus respondeu: Chegou a hora de ser glorificado o Filho do homem".
Assim chegamos às cenas finais da história de Jesus. Ellen White, que nos aconselhou passarmos uma hora cada dia meditando sobre a vida de Cristo, recomendou que nos demorássemos especialmente em Seus últimos dias (O Desejado de Todas as Nações, p. 83).
Estas cenas serão o nosso foco durante os próximos três meses. Dia após dia, seguiremos os passos de Jesus na Semana da Paixão. Caminharemos com Ele, solitário e sobrecarregado, para o Jardim do Getsêmani. Seremos levados com Ele, amarrado, para a sala de julgamento. E, finalmente, subiremos a colina do Calvário.
Ele é liberto da prisão e do julgamento, Ele é cortado da terra dos vivos, Sua morte é infinitamente triste.
Ao seguirmos os passos de Jesus, não nos prendendo a qualquer dos Evangelhos, seremos guiados em nossas meditações pelo tema da “glória” apresentado por João. Ele nos lembra que trágicas como essas cenas finais sejam, eles são a suprema manifestação da glória do Verbo feito carne.
ORAÇÃO
Meu querido Jesus, que não poupaste nenhum esforço para conceder-me o perdão e a salvação, dá-me disposição para estudar atentamente as cenas finais da tua vida nesta terra. Que em assim fazendo eu possa amá-Lo mais!
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