O que farei de Jesus?
Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus. João 1:11, 12, NVI.
Os primeiros 18 versículos do Evangelho de João são majestosos, assemelham-se a um hino. Em linguagem simples sondam as profundezas da divindade e da eternidade, e esticam nossa mente até ao limite da compreensão.
A Palavra é o centro focal dessa passagem – pré-encarnado (versos 1-4), e depois, encarnado – convidando homens e mulheres para a decisão mais importante que cada um precisa fazer.
João escolheu a palavra grega logos em sua tentativa de descrever a pessoa e a obra de Jesus Cristo. Ele é o logos, a Palavra eterna.
Os pensadores gregos e romanos já haviam especulado longamente a respeito do logos. Ologos, os filósofos estóicos concluíram, era a divina razão que governava o mundo. Na especulação judaica o logos era visto como o "projeto" e o "instrumento" de Deus na Criação.
Mas o Evangelho de João vai além dessas especulações. Num pensamento sublime, inspirado pelo Espírito Santo, o idoso apóstolo estabelece inequivocamente algo que Judeus e Gentios jamais teriam ousado pronunciar – o Logos é Deus, e o Logos se fez homem. Ele desafia Judeus e Gentios a responderem a pergunta: O que farei de Jesus?
Aquele que fez o mundo veio para a Sua própria criação, mas o seu povo não o recebeu. Eles não O reconheceram; recusaram-se a aceitá-Lo.
O Logos que se fez carne veio para revelação e julgamento. Todos tinham preconceitos a respeito de Deus, mas essas idéias estavam prestes a ser confrontadas com a realidade, pois o próprio Deus iria aparecer. E quando a pequenez das idéias humanas fosse exposta através da auto-revelação de Deus, o que aconteceria? Será que a humanidade acolheria a correção, aceitaria a correção de suas concepções religiosas?
Portanto Jesus, o revelador de Deus, o Salvador do mundo, é também juiz. Ele divide a humanidade: iremos reconhecê-lo e recebê-Lo, ou iremos rejeitá-Lo, desligar a luz que expõe a falsidade da nossa piedade?
Mas, louvado seja Deus – "aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus".
Quando vemos a Jesus, quando cremos nEle, quando O recebemos, também passamos a cantar o hino de João 1:1-18. A alma liberta canta louvores ao Verbo Eterno, ao Criador do Universo, encarnado entre nós, cheio de graça e verdade.
ORAÇÃO
Senhor coloca em meu coração, hoje, um novo cântico de louvor e adoração a maravilhosa pessoa de Jesus, o Deus que se fez homem.
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