sábado, 9 de julho de 2011

Maravilhoso Jesus - Lucas 10:29


Bons Vizinhos

Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo?” Lucas 10:29, NVI.

Qual é a sua parábola de Jesus favorita? Não tenho conhecimento de nenhuma pesquisa a respeito, mas imagino que a maioria das pessoas escolheria a parábola do filho pródigo ou do bom Samaritano.

As duas parábolas são encontradas apenas no Evangelho de Lucas. Embora ambas ilustrem o amor de Deus e a salvação oferecida ao perdido e ao ferido, a parábola do bom Samaritano destaca o acolhimento divino para com os socialmente marginalizados.

Os judeus desprezavam os Samaritanos. Eles os evitavam ao máximo, faziam com que se sentissem inferiores, e não falavam com eles. É por isso que a mulher Samaritana junto ao poço ficou surpresa quando Jesus começou a conversar com ela (João 4:7-9).

A Samaria ficava entre a Galiléia, ao norte, e a Judéia, ao sul. A situação era semelhante ao problema Israelense-Palestino moderno; dois povos, etnicamente distintos, convivendo lado a lado, mas separados por séculos de feroz ressentimento.

Os Samaritanos eram um povo de sangue misturado. Eles se originaram no tempo do cativeiro das 10 tribos do norte de Israel em 722 aC, quando os conquistadores assírios importaram outros povos para ocupar a terra (2 Reis 17:23, 24). Estes novos habitantes desenvolveram uma religião que era um mistura do culto do Senhor com a idolatria. Quando, mais tarde, os judeus retornaram do exílio babilônico que se seguiu à queda de Jerusalém em 586 aC, os samaritanos quiseram ter um papel na reconstrução do Templo. Mas os judeus categoricamente rejeitaram a ajuda deles (Esdras 4:1-3). Assim, os samaritanos construíram seu próprio templo no Monte Gerizim, e nele ofereceram sacrifícios.

A parábola de Jesus deve ter sido um choque para seus ouvintes! O mocinho acabou sendo um samaritano!

Na grande obra de Charles Dickens "David Copperfield”, um dos personagens diz:" Todas as coisas estão indo bem, mas dê-me sangue " Muitas pessoas ainda operam na mesma filosofia. Quando tudo está calmo, começam a supervalorizar a família, a casta, a etnia – querem sangue.

Mas o evangelho faz bons vizinhos. Derruba as barreiras até mesmo de sangue, até mesmo de suspeitas e ressentimentos de longa data. O evangelho convida pessoas de cada nação, tribo, língua e povo, e faz deles um em Jesus Cristo (Apocalipse 14:6, 7).

ORAÇÃO

Senhor do acolhimento. Ensina-me a promover a união entre as pessoas. Faça de mim um bom vizinho.

Autor: William G. Johnsson

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