Apontando o dedo
Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Mateus 7:1, NVI
Toda vez que apontamos o dedo para alguém, será que entendemos que quatro dedos estão apontando para nós mesmos?
Você já reparou que normalmente somos mais exigentes com os outros do que conosco mesmos? Com a gente é diferente – o que não suportamos no outro, quando se trata a nosso respeito, desculpamos, racionalizamos, abrimos uma exceção. Com freqüência as falhas que mais criticamos em outros são aquelas contra as quais também lutamos.
Talvez procuremos encobrir nossos próprios defeitos – até de nós mesmos – ao apontar o dedo acusador para alguém.
Um internato Adventista teve certa vez um problema desmoralizante – alguém no dormitório das moças era uma ladra. Uma das monitoras tinha certeza de quem havia cometido o furto – certa estudante que não era rica e se vestia de modo simples. Mas a preceptora das meninas não podia agir apenas com base em uma suspeita, apesar das acusações da monitora. Como os roubos continuaram, finalmente a monitora chegou à preceptora com um plano. "Vamos montar uma armadilha,” disse ela. "Eu vou deixar um dinheiro sobre a minha penteadeira, com um sinal identificador, de modo que quando a pessoa o levar poderemos identificá-la. E eu sei quem será a menina!"
Então, elas fizeram a armadilha. A monitora e a preceptora anotaram o número de série do dinheiro, e a monitora deixou a nota sobre a sua penteadeira. O dinheiro ficou lá o dia todo, e também no dia seguinte, mas ao terceiro dia desapareceu. A monitora trouxe a notícia correndo para a preceptora: "O dinheiro desapareceu. A ladra atacou. Agora você conseguirá pegá-la!" Assim, a preceptora chamou o diretor e, juntos, começaram uma busca nos quartos das meninas. E eles encontraram o dinheiro que havia sumido – na bolsa da garota do vestido simples!
O caso estava fechado; o mistério havia sido resolvido. Exceto por um detalhe, a ladra se recusava a confessar a falta. Eles a questionaram por horas, até tarde da noite, mas ainda assim ela afirmava ser inocente. No dia seguinte, eles a enviaram de volta para casa – como uma ladra.
Alguns meses depois, a monitora foi até o professor de Bíblia e disse: "Alguma coisa está me incomodando. Você se lembra quando tivemos o problema de roubo no dormitório? Eu estava tão certa de que a “fulana” era a ladra que, quando nada aconteceu com o dinheiro por dois dias, eu o peguei e coloquei em sua bolsa."
As coisas nem sempre são o que parecem. Disse o apóstolo, "não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação" (I Coríntios 4:5, NVI).
ORAÇÃO
Deus da justiça. Coloca em meu coração o desejo de ser firme como uma rocha em termos de princípios. Até que se prove o contrário, que eu pense o bem a respeito dos que estão ao meu redor.
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