terça-feira, 1 de julho de 2025

Êxodo 26 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 26
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 26 – Estudar o Santuário implica conhecer o plano da libertação do ser humano; tem tudo a ver com o resgate da escravidão do pecado. A Bíblia toda apresenta a importância desse imóvel divino, assunto este que para Ellen White, é a chave que “revelou um sistema completo de verdades, unido e harmonioso”.

A carta aos Hebreus (no Novo Testamento) lida com assuntos de grande valor para todo pecador, cuja base é o santuário – não a cópia, pois o texto sagrado foca no modelo, “o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” (Hebreus 8:1). Mostrando a relevância do santuário à teologia!

Em Êxodo 25 somos informados como tal sistema pedagógico foi instituído na Terra. Moisés registrou a generosidade do povo que iria adorar ao Deus todo-poderoso; além disso, descreveu como preparar a arca da aliança, a mesa com seus utensílios e o candelabro de ouro. Tudo deveria ser “segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte” (Êxodo 25:40). Nada deveria ser inventado por Moisés.

Em Êxodo 26 descreve as paredes e cortinas que deveriam limitar a entrada do povo, e a função dos sacerdotes que atuariam no Tabernáculo/Santuário. Apesar das paredes que separariam Deus do povo, tudo era estratégico da parte de Deus para não consumir os pecadores com Sua santa presença e glória fulgurante.

A graça de um Deus santo e intolerante ao pecado estava visível em cada detalhe: “O propiciatório era a tampa de ouro sobre a arca, ilustrando como o trono divino transforma-se de trono de julgamento em trono da graça pelo sangue expiatório espargido sobre ele. Os dois querubins representavam os guardiões da santidade de Deus, acima do qual ficava entronada a glória – Shekinah – da presença do Senhor. A arca era o centro do simbolismo do tabernáculo, Deus atuando exteriormente em Sua busca do homem” (Merril Unger).

Posteriormente, a cortina (véu) do templo se rasgou de alto a baixo ao Jesus ser sacrificado na cruz – indicando sobrenaturalmente que agora nada mais nos separa de Deus (Mateus 25:51). Portanto, “aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hebreus 4:16).

É essa intimidade que Deus ansiosamente espera de nós! Certamente podemos reavivar-nos! – Heber Toth Armí.

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PASTOR E AMIGO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

1° de julho

PASTOR E AMIGO

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Salmo 23:1


O Salmo 23 é lindo. Ocorre que, devido a uma ambiguidade na tradução em português, muitos o têm entendido de um modo diferente do original. Aliás, há mais de uma leitura possível do texto hebraico, e todas são formidáveis. Vejamos quantas riquezas existem apenas no versículo 1.

Vamos começar pela palavra “pastor”. Em hebraico, ela vem do verbo ra’ah, que tem dois significados para a mesma grafia: “pastorear” e “associar-se como amigo”. Como o hebraico bíblico não possuía vogais – estas foram representadas mais tarde por pontinhos abaixo das letras –, o vocábulo original pode ser lido como ro’i, “meu pastor”, ou re’i, “meu amigo”.

É claro que a opção “pastor” parece mais natural no contexto, porém é justamente por ser nosso amigo que o Pastor celestial não nos deixa em falta, o que remete à segunda parte: “Nada me faltará.”

Esse é um ponto delicado, considerando que muitos filhos de Deus enfrentam dificuldades. Veja o depoimento de Paulo: “Sei o que é passar necessidade e sei também o que é ter em abundância; aprendi o segredo de toda e qualquer circunstância, tanto de estar alimentado como de ter
fome, tanto de ter em abundância como de passar necessidade” (Fp 4:12).

Teria Deus falhado nos momentos em que o apóstolo passou necessidade? Claro que não. O modo como o Salmo 23 está em algumas versões é que induz ao erro, pois dá a entender que as ovelhas de Deus terão absolutamente tudo, desde uma casa em frente ao mar até um heliponto para pousar sua frota de helicópteros. Mas não é isso que o salmo diz.

É importante observar que a palavra “nada” não está no texto original. Ela foi acrescentada pelo tradutor. O sentido, portanto, seria: “Já que o Senhor é meu pastor, Ele não me faltará”; ou ainda: “Com Ele, de nada terei falta.”

Davi pastoreava ovelhas antes de se tornar rei e enfrentou provações enquanto estava escondido no deserto, fugindo de inimigos. Ele sabia o que era vagar por lugares ermos em busca de água, alimento e abrigo. Em todas essas situações, seu Pastor e Amigo divino não lhe faltou. E você, tem confiado inteiramente no Bom Pastor?

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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Êxodo 25 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 25
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 25 – A adoração consiste na aproximação do ser humano a Deus, e, da aproximação de Deus ao ser humano. Deus executa o que for necessário para que tal aproximação aconteça. Através da instituição do Santuário e suas mobílias, Deus apresenta o caminho para reconciliação do pecador com Ele!

Uma curiosidade interessante é que “os primeiros dois capítulos de Êxodo... abrangem cerca de 80 anos, e o restante do livro, apenas um ano, aproximadamente”, informa o Comentário Bíblico Adventista. Isso nos mostra a importância que Deus dá ao estabelecimento do tabernáculo.

A instituição do Santuário era alvo de Deus para o povo, revelando Seu interesse de habitar entre ele. Diante desse especial projeto divino, “grandes e dispendiosos preparativos eram necessários; grande quantidade de materiais mais preciosos e caros era exigida; todavia o Senhor apenas aceitava ofertas voluntárias... A devoção a Deus e o espírito de sacrifício eram os primeiros requisitos ao preparar-se uma morada para o Altíssimo”, afirma Ellen White (PP, p. 343).

A cópia do imóvel a ser arquitetonicamente construído vinha do modelo do Santuário existente no Céu (Êxodo 25:8, 40; Hebreus 8:1-2); no qual, reside toda a história da redenção da humanidade caída em pecado. Possuindo relevância indescritível, faltam palavras para enfatizar o privilégio de entender a mensagem de Deus através do santuário:

• Para Tiago White, o santuário é “onde se centralizam todas as grandes colunas da verdade presente”; “o grande centro ao redor do qual se agrupa toda verdade revelada relativa à salvação”.

• Para F. R. Cottrell, o santuário é “o grande centro do sistema cristão”, e “o centro e a cidadela da verdade presente”.

• Para Urias Smith, o santuário é “o grande núcleo ao redor do qual se agrupam as gloriosas constelações da verdade presente”.

Ou seja, quem se dedica a estudar a doutrina do santuário fica deslumbrado com sua importância e relevância. Todo esse sistema apontava para Cristo, o Deus que habitou entre nós (João 1:14), e voltará para levar-nos para estar com Ele no Céu (João 14:1-3). Depois, purificará a Terra, para habitar nela para sempre com Seu povo (Apocalipse 21:3).

Reflita: Deus faz de tudo para habitar conosco; e nós, estamos dispostos a tudo para habitar com Ele? Nossos investimentos nas coisas espirituais revelam nossa resposta!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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O SOPRO DE DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

30 de junho

O SOPRO DE DEUS

Qual é o caminho para o lugar onde se difunde a luz e onde o vento leste se espalha sobre a Terra? Jó 38:24

O vento é o ar em movimento. Ele existe porque o ar que cobre a Terra nunca está na mesma temperatura. Todas as formas de vento – da brisa ao furacão – são deslocamentos de massas de ar resultantes das diferentes temperaturas e pressões em várias regiões atmosféricas.

Existe um estudo dos ventos chamado anemografia. É por meio dele que se preveem as mudanças climáticas e as condições seguras para um voo. A meteorologia não seria nada se não fosse o trabalho do anemógrafo.

Na Bíblia, a mesma palavra para vento também é empregada para se referir ao Espírito Santo. A razão desse símbolo está na forma como Ele age na história. Assim como o vento, o Espírito Santo chega repentinamente, movimentando-Se na atmosfera e promovendo mudanças. Também como o vento, Ele Se move para onde quer de modo imprevisível. Receber o Espírito Santo é receber a presença pessoal de Deus em nossa vida.

Fazendo um paralelo entre o Espírito e o vento, Jesus disse algo de profundo significado, que transcreverei literalmente, mantendo o trocadilho original: “O Sopro [de Deus] sopra onde quer, você ouve o som Dele, mas não sabe de onde vem nem para onde vai, assim é aquele que experimentou nascer do Sopro.”

Essas palavras de João 3:8 foram ditas a Nicodemos em hebraico ou aramaico e certamente o fizeram lembrar Gênesis 2:7, quando Deus sopra o fôlego em Adão. De acordo com Jesus, o mesmo Sopro que permite a vida física desperta para um renascimento espiritual.

No entanto, o renascimento espiritual, tal como o físico, não pode ser explicado; é um mistério de Deus. Considere, por exemplo, a nossa concepção. Por uma fração de segundo, qualquer um dos outros milhões de espermatozoides do nosso pai poderia ter fecundado o óvulo de nossa mãe e gerado outra pessoa. Então, por que Deus nos escolheu para existir?

Diante da impossibilidade de uma resposta objetiva, o que importa é aproveitar o dom da vida dado por Deus. Da mesma forma, o nascimento espiritual. Por que uns serão salvos e outros se perderão? Também não sabemos, mas o que importa é confiar no Sopro Divino e aceitar a graça divina.

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domingo, 29 de junho de 2025

Êxodo 24 Comentário Pr Héber Toth Armí

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 24
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 24 – A função da lei é servir como espelho que mostra nossas fraquezas, falhas e imoralidades; sem os Dez Mandamentos, não saberíamos o quê de fato é pecado (Romanos 7:7-8). Sem a lei não teríamos nenhum diagnóstico exato de nossa situação de condenados, carentes de um Salvador à altura para libertar-nos.

Além de revelar o pecado e apontar a necessidade de um Salvador para nos absolver da condenação (Romanos 4:15; 5:13; 7:24-25; Gl 3:21-24), a lei também preza pela limitação da atuação do pecado, ao condená-lo (1 Timóteo 1:8-11); e, ainda serve de guia no processo de santificação (Romanos 8:1-8).

Em Êxodo 20, o divino Legislador proferiu audivelmente Seus Mandamentos. O povo, porém, atemorizado, suplicou que Moisés falasse, não Deus – para não morrerem (Êxodo 20:19). Por conseguinte, “Moisés, Arão, Nadabe, Abiú e setenta autoridades de Israel subiram e viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia algo semelhante a um pavimento de safira, como o céu em seu esplendor. Deus, porém, não estendeu a mão para punir esses líderes do povo de Israel; eles viram a Deus, e depois comeram e beberam” (Êxodo 24:9-11).

Após determinado lugar, apenas Moisés foi convidado a avançar. “No sétimo dia o Senhor chamou Moisés do interior da nuvem. Aos olhos dos israelitas, a glória do Senhor parecia um fogo consumidor no topo do monte” (Êxodo 24:16-17). Todo esse esplendor durou 47 dias – tempo em que Moisés esteve na presença de Deus (Êxodo 24:15-18).

Como pecaminosidade impede à proximidade de Deus, todos precisaram consagrar-se e ser purificado para contemplarem a cena extraordinária, e então adorarem à distância (Êxodo 24:1-8). Desta forma, um povo pecador “foi separado e selado para Deus. Um sacrifício foi oferecido ao Senhor. Uma parte do sangue do sacrifício foi aspergida sobre o altar. Isso significava que o povo tinha se consagrado – em corpo, alma e espírito – a Deus. Uma porção foi aspergida sobre o povo. Isso significava que, por meio do sangue de Cristo, Deus os aceitava graciosamente como Seu tesouro especial” (Ellen White).

Em Cristo, pecadores tornam-se tesouros particular de Deus, tratados com paternal compaixão (Malaquias 3:17). Assim, o Santo Legislador oferece indescritível graça aos pecadores. Precisamos responder com compromisso sério a esse Deus que tanto nos ama (Apocalipse 1:4-5).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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O RESUMO DA LEI

 Devocional Diário - Descobertas da fé

29 de junho

O RESUMO DA LEI

Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odiar o seu irmão, esse é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 1 João 4:20

Existe um antigo tratado, o Talmude, que, além de comentar sobre a ética do judaísmo, narra episódios curiosos de duas escolas rivais lideradas por Shammai e Hillel, as quais eram contemporâneas aos dias de Cristo. Em um desses relatos, é mencionado que um jovem foi até Shammai e disse: “Eu me tornarei um crente se você me ensinar toda a Torá (a Lei) enquanto eu conseguir ficar sobre um pé só.” O rabino, conhecido por seu temperamento explosivo, usou a bengala que estava em sua mão para mandar o jovem embora.

Decepcionado, mas não desanimado, o rapaz procurou Hillel com a mesma proposta. Mais calmo, ele lhe respondeu: “Não faça ao seu vizinho o que é odioso para você. Isso é toda a Torá; o resto é apenas comentário. Vá e aprenda.”

Não sabemos se Jesus alguma vez Se encontrou com esses mestres. Mas um de Seus ensinos traz um tom semelhante, com uma ênfase diferente: “Tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam também vocês a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7:12).

Observe que o ato de não fazer ao outro o que não quero que ele faça comigo é bem mais cômodo e pode levar ao descompromisso. No entanto, a ordem positiva de Cristo exige uma ação direta que não se contenta com a inatividade; ela demanda a iniciativa do bom relacionamento. Há muitos que, ao serem confrontados com o tema do juízo, se apoiam no velho ditado: “Eu não roubo, não mato, não desejo mal a ninguém.” Ora, uma árvore também não mata, não rouba nem deseja mal a ninguém, mas isso não significa que as árvores irão para o Céu.

Embora seja a graça de Deus e não as obras que nos salvem, é importante destacar que qualquer ensino sobre salvação que não transforme nossa vida e não resulte em caridade não pode ser um ensino bíblico. As obras não são o meio nem a causa da minha salvação, mas o resultado dela. Não podemos deixar que o orgulho nos leve a ter aversão aos nossos irmãos. Assim como não é possível ser fã de Leonardo da Vinci e ridicularizar a Mona Lisa, também não é possível amar a Deus e desprezar o meu irmão.

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sábado, 28 de junho de 2025

Êxodo 23 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 23
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 23 – Tanto a lei escrita por Deus em tábuas de pedra (Êxodo 24:12) quanto as que Moisés escreveu no Livro da Aliança (Êxodo 24:4, 7), são de autoria divina. Deus intentava implantar a cultura do bem num mundo tomado pelo mal. Portanto, a lei moral, civil e cerimonial não sugiram da influência de literaturas e legisladores pagãos. Provêm da maravilhosa graça de Deus.

Essas leis, também não surgiram com Moisés intentando reinar ou impor sua formação cultural a um povo desnorteado; elas surgiram do coração amoroso e misericordioso do Rei do Universo, o Rei dos reis. Assim, as leis bíblicas não são cópias ou réplicas ou adaptações de leis inventadas por humanos, mas o Deus Soberano agia para impedir a desgraça total objetivada pelas “forças espirituais do mal nas regiões celestes” que atiram “as setas inflamadas do Maligno” sobre a humanidade (Efésios 6:12, 16).

Em Êxodo 23, o Legislador Celestial apresenta princípios que devem reger a vida de seus súditos na Terra. Como Seu reino é de amor, Ele deseja aplicar práticas inibidoras na cultura secular desprovida desse amor. As leis acerca da justiça e da misericórdia, do dia e ano sabáticos, e as três grandes festas anuais, oferecem princípios do reino celestial aos cidadãos que estão no mundo tomado pelo príncipe das trevas (1 João 5:19; Efésios 2:2; João 12:31).

Nas orientações de Êxodo 23, Deus preza pelos animais, cuida deles e espera que Seus súditos também o façam. Ele também preza pela justiça; portanto, condena o suborno, a propina, a calúnia, a exploração e a opressão. Além disso, Deus tem interesse no descanso da terra, dos animais e dos seres humanos; assim, estrategicamente opera para que eliminemos a ganância (avareza).

O mais importante da vida é a companhia do Deus onipotente; Ele deseja o melhor para Seu povo obediente, que almeja impactar positivamente a sociedade (Êxodo 23:20-33).

As leis do descanso e das festas revelam que Deus não nos quer escravizados pelo trabalho. A raça humana não foi criada para ser máquina de ganhar dinheiro; Deus nos fez para desfrutar a existência: Embora o trabalho foi instituído no Éden, o primeiro dia inteiro de Adão e Eva foi de descanso e celebração (Gênesis 2:1-3).

Portanto, desfrutemos a vida com Deus! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Êxodo 26 Comentário

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