sábado, 26 de abril de 2025

INTELECTUALISMO E FÉ

 Devocional Diário - Descobertas da fé

26 de abril

INTELECTUALISMO E FÉ

Irmãos, quando estive com vocês, anunciando-lhes o mistério de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 1 Coríntios 2:
1

O versículo de hoje apresenta um paradoxo em relação a Paulo. Intelectual como poucos, chega a ser estranho que ele tenha desistido de utilizar argumentos filosóficos em Corinto, considerando seu domínio sobre os autores gregos e romanos.

Antes de chegar lá, ele pregou em Atenas e dialogou com filósofos. Por estar em um ambiente intelectual, Paulo procurou debater lógica com lógica. Isso, por si só, não era um erro, mas, na dosagem inadequada, poderia tornar o evangelho um mero apêndice de temas mais eloquentes.

No entanto, algo não estava certo. As argumentações intelectuais deveriam ser um meio para apresentar Cristo, e não para eclipsá-Lo. Talvez por isso poucos tenham se convertido naquela ocasião.

Existe um perigo em endeusar o conhecimento, mesmo o conhecimento teológico, ao ponto de tornar Jesus uma nota desnecessária. Racionalismo e intelectualismo radicais podem se transformar em comportamentos doentios, mesmo dentro das igrejas.

Há quem transforme suas ideias em teorias obsessivas e monopolizadoras, que não dão espaço para outros assuntos ou convivência social. O que era um saudável exercício das faculdades mentais torna-se um desejo insaciável de acumular conhecimento não para servir ao próximo, mas para se mostrar superior a ele.

Aqueles que seguem por esse caminho acabam explicando o inexplicável, racionalizando o irracional e desprezando tudo o que não passa pelo crivo do seu preconceito. Tornam-se intelectuais doentes que há muito perderam o contato com a realidade.

Se você aprecia o estudo, aprenda esta lição da universidade: para um calouro, aves são só aves. Para um graduado, são animais vertebrados que se destacam pela presença de penas. Para um especialista, são psitaciformes. E, para um sábio, que passou por todas as fases, elas voltam a ser apenas aves, com simplicidade e beleza, revelando o cuidado de Deus.

Não desprezo o conhecimento, mas, se intelectualismo fosse sinônimo de fé, Deus seria adorado em bibliotecas, e não em templos. Pense nisso.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/intelectualismo-e-fe/

Gênesis 10 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 10
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 10 – Dos três filhos de Noé surgem três principais raças pós Dilúvio. O pecado não fora erradicado na catástrofe. No mesmo capítulo da aliança de Noé com Deus (Gênesis 9), vemos esse herói da fé (Hebreus 11:7) bêbado e amaldiçoando seu filho/neto praticante do pecado da zombaria.

Pequenos erros acarretam grandes problemas no presente e no futuro. Embriaguez, zombaria e fofoca atraem maldições. Noé embriagou-se e atraiu desgraça para sua casa; Cam, ao fofocar do erro do pai, atraiu maldição a sua posteridade. Embriagado, Noé se despiu mostrando que o desequilíbrio na vida espiritual derruba qualquer gigante da fé, acarretando desonra e vergonha.

Desrespeito com quem erra, humilhação, lascívia, vulgaridade, obscenidade e banalização tanto quanto a omissão, são pecados ridículos que atraem maldição. Cam, sem respeito ao pai, ao invés de cobri-lo (omissão), saiu contar ao irmão (fofoca). Diante de escândalos cometidos, o importante não é divulgação; espalhar o erro é tão errado quanto cometê-lo – se não for ainda pior. Ellen White é categórica ao afirmar:

“O Senhor nunca abençoa aquele que critica e acusa a seus irmãos, pois esta é a obra de Satanás” (Ev, 102).

“Cristo é menosprezado e profanado pelos que difamam Seus servos” (4T, 195).

“Em vez de críticas e censuras, tenham nossos irmãos palavras de animação e confiança para com os instrumentos do Senhor” (4T, 185).

Se pequenos erros atraem grandes problemas para a vida, os pequenos acertos acarretam maravilhosas bênçãos. É o que aprendemos com o ato de graça de Sem e Jafé ao cobrir a desgraça do pai (1 Pedro 4:8). Arthur J. Ferch declarou: “Ainda que podemos justificar o pecado, temos de examinar a nós mesmos humildemente, identificarmos com o pecador de forma compreensiva, exortar com amor e procurar em forma redentora cobrir a nudez do pecador”.

Isso faz parte do pano de fundo de Gênesis 10. Setenta nações são apresentadas:

14 nações de Jafé (10:2-5).
30 nações de Cam (10:6-20).
26 nações de Sem (10:21-32).

A origem de uma nação explica sua moralidade. Os canaanitas amaldiçoados se tornaram adoradores pagãos, cultuaram seus deuses através da perversão sexual. Destes surgiram os egípcios, babilônios, assírios e cananeus; os piores vizinhos de Israel.

Jesus descendeu de Sem, para abençoar com Seu amor a todas as nações. Siga-O! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 25 de abril de 2025

CRÍTICAS DESTRUTIVAS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

25 de abril

CRÍTICAS DESTRUTIVAS

Estou fazendo uma grande obra e não posso descer até aí. Por que devo parar a obra para ir me encontrar com vocês? Neemias 6:3


A palavra “crítica” vem do grego kritik? e significa a arte de julgar ou apreciar algo. Originalmente, seu sentido era positivo. No entanto, desde que a chamada crítica “construtiva” caiu no gosto popular, parece que todo mundo acha que pode falar o que quiser, muitas vezes depreciando o trabalho dos outros sob o pretexto de buscar melhorias.

Contudo, as coisas não são simples assim, especialmente quando o autor da crítica não possui experiência ou histórico que justifique seu ponto de vista. Muitas vezes, a chamada crítica “construtiva” vem de pessoas que não construíram absolutamente nada.

Não é agradável lidar com pessoas que vivem opinando sobre tudo e não acrescentam muita coisa. Elas só possuem pontos de vista sem resultado prático. Isso não quer dizer que não haja observações legítimas. Como diz Provérbios 11:14: “Com muitos conselheiros, há segurança.”

A questão, portanto, não é rejeitar sugestões, mas diferenciar com sabedoria o bom conselho da crítica destrutiva. Também é importante avaliar se nós mesmos não estamos nos assemelhando aos críticos vazios, como Sambalate, Tobias e Gesém da história de Neemias.

A arqueologia comprovou a existência desses três inimigos de Judá. Os papiros encontrados em Elefantina, no Egito, mencionam “Sambalate, governador de Samaria”, e uma inscrição funerária na Jordânia traz o nome de Tobias, que foi identificado com o Tobias bíblico. Por fim, no Museu do Brooklyn, encontra-se uma tigela de prata com a inscrição “Geshem, rei de Qedar”, que talvez seja o mesmo Gesém mencionado em Neemias 6:1.

Esses homens queriam atrapalhar a obra de Deus. Ao enfrentarmos opositores semelhantes, devemos agir como Neemias e não descer do muro para discutir com emissários de quem não está trabalhando.

A fim de que não nos tornemos críticos como esses, seria bom passar nossas opiniões pelas “três peneiras de Sócrates”, que, mesmo não sendo de sua autoria, são muito valiosas. O que falarei será: 1) Verdadeiro? 2) Bom? 3) Útil? Somente depois de passar por esse tríplice crivo é que nossas contribuições deveriam chegar aos ouvidos dos outros. Use esses princípios e contribua de modo eficaz para o bem daqueles que estão ao seu redor.

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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Gênesis 9 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 9
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 9 – Deus anseia comprometer-Se conosco e espera que respondamos comprometendo-nos com Ele. Em Gênesis 6:18 acontece a primeira referência explícita de Deus fazendo aliança com humanos; porém, embora “seja a referência mais antiga a uma aliança na Bíblia, o uso desse termo hebraico específico implica que Deus já havia feito uma aliança com a humanidade. Nesse sentido, a aliança de Deus com Noé pode ser vista como uma renovação de Sua aliança com Adão, para a qual a Bíblia aponta implicitamente em Gênesis 3:15”, explicam Gerhard e Micahel Hasel.

A aliança que Deus fez após o Dilúvio não se limita a Noé, ela é incondicional e mundial. Deus evidenciou Seu sinal de aliança de compromisso conosco através de um arco-íris; sinal físico, visível, nas nuvens. Prometeu nunca mais destruir a terra com Dilúvio.

O arco-íris nos lembra que Deus castigou a maldade com Dilúvio, mas também garante que ainda que chova, não precisamos temer novo Dilúvio. Cada vez que presenciarmos um arco-íris, deveríamos lembrar que Deus abomina e julga os pecados, mas faz promessa e a cumpre apesar dos pecadores.

Embora Deus cumpra Sua promessa de nunca mais enviar um Dilúvio universal para destruir a Terra, Ele também alega que o mal será erradicado com fogo (2 Pedro 3:7, 10-11; Apocalipse 20:9).

Por isso, precisamos olhar para a história de Noé e sua família com atenção. Noé representa o remanescente fiel que será salvo. Sua prontidão em atender às orientações de Deus lhe garantiram a salvação quanto nossa prontidão de se comprometer com Jesus e tê-lO como Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-16; 8:1-2) e advogado (1 João 2:1-2) através da entrega pelo batismo (Marcos 16:16) garantirá nossa salvação.

Precisamos perseverar na fidelidade ao Deus da aliança quando o mundo todo estará aliado à besta e a sua imagem (Apocalipse 13:1-18; 14:6-12).

Em Gênesis 7:23 encontramos a teologia embrionária do remanescente: “Só restaram Noé e aqueles que com ele estavam na arca”. São estes que começaram na “terra nova” em Gênesis 9. Apenas um remanescente fiel entrará na “Nova Terra” oficial (Apocalipse 21:6-8; 22:3-4); os que vivem de maneira santa e piedosa viverão onde habita a justiça (2 Pedro 3:10-13).

Aprendamos a andar com Deus aqui na Terra para andarmos com Ele lá no Céu! – Heber Toth Armí.

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REVOLUÇÕES BARULHENTAS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

24 de abril

REVOLUÇÕES BARULHENTAS

O ensino do sábio é fonte de vida para evitar os laços da morte. Provérbios 13:14

A história é marcada por muitos levantes populares. Alguns são nobres, como a marcha dos negros pelos direitos civis em 1963. Outros são doentios, como a “Noite dos Cristais”, que envolveu uma onda de ataques aos judeus em 1938. Ambos os movimentos alegavam ter causas nobres que legitimavam sua luta. Enquanto Martin Luther King buscava defender os negros do racismo, Hitler afirmava querer proteger a Alemanha do comunismo. Cada um tinha sua motivação. O desafio é separar o joio do trigo e saber como e quando agir de modo a não desonrar o nome de Deus.

Em casos complexos, como o racismo institucionalizado, há aqueles para os quais o dilema fica entre “o voto e a bala”, lembrando o discurso de Malcolm X em 1964. Para outros, a saída seria pacífica, como o sonho de Luther King de ver sua filha negra brincando com a amiga branca.

Entre um e outro espectro do debate estão os acomodados, sobre os quais Luther King lamentou: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” Na maior parte das vezes, esses “neutros” terminam colaborando com o mal. Foi a passividade da maioria alemã que permitiu à minoria nazista sacrificar milhões de judeus.

O sentimento de injustiça instiga as pessoas a apoiar revoltas populares – especialmente aquelas que saem do controle –, pois parecem ser o meio mais prático de derrotar um sistema corrupto. De fato, esse pode ser o método mais rápido, mas seria o mais sábio?

Nos tempos de Cristo, havia vários movimentos judaicos revolucionários, e os discípulos tentaram filiar Jesus a algum deles. Sua persistente negativa frustrou muitos e causou incredulidade em outros. Jesus parecia demasiadamente acomodado.

Eles não entendiam que o mal é barulhento, mas o bem é silencioso. Seus resultados nem sempre são imediatos. Há pessoas que, por mais bem-intencionadas que sejam, assemelham-se a carroças vazias, não acrescentando nada além de perplexidade, raiva e caos. Até que um dia são descartadas por sua inutilidade. E o barulho que fazem é justamente por estarem vazias. Assim também é conosco. Nosso ruído, ou a ausência dele, pode indicar se estamos cheios do Espírito Santo, ou vazios.

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Gênesis 8 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 8
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 8 – Noé prezou por sua família. Sua família se salvou na arca cheia de animais com seus aromas e ruídos. Apesar das inúmeras dificuldades, limitações, e atividades incessantes na arca, ainda era melhor estar dentro dela do que fora dela. Assim é também a igreja. Precisamos dela com todos os seus inúmeros defeitos e problemas.

Precisamos prezar pela família. Em Gênesis 6, a maré da maldade se multiplicou pelos casamentos mistos, filhos de Deus casando-se com filhas dos homens. Visando o cumprimento de Gênesis 3:15 Deus preserva a família de Noé. Essa mensagem deveria ficar clara aos israelitas que amassavam barro para fazer tijolos no Império Egípcio. O povo escravo era herdeiro da promessa, para esse ponto apontava cada página de Gênesis.

Assim, nas entrelinhas, notamos um grande conflito entre o bem e o mal, entre Deus e Satanás. Ambos trabalham com a família. Satanás intenta perverter a família, enquanto Deus faz de tudo para preservá-la, sabendo que sem família, o caos toma conta! Precisamos cooperar com Deus! Inclusive as famílias de animais foram prezadas por Deus, até com os animais se percebe o quanto a família é de suma importância.

Terminado o Dilúvio, e abaixado as águas, Noé e sua família saem da Arca em terra seca com as famílias de animais. Imagino Noé comparando a terra com o que ela era antes do dilúvio. “Mal se consegue investigar como eram a terra, o mar, a atmosfera, a cultura, etc. antes do dilúvio” afirma Alexander vom Stein.

Ficou tudo diferente, menos o amor de Deus pela humanidade.  Em Gênesis 8:1, “Deus lembrou-se de Noé...” não indica que havia esquecido, revela que Ele estava atento. Após Noé perceber evidências de terra seca, esperou em Deus; “então Deus disse a Noé: ‘Saia da arca, você e sua mulher, seus filhos e as mulheres deles...”. Depois de sair, “Noé construiu um altar dedicado ao Senhor... o Senhor sentiu o aroma” e fez uma promessa nunca mais destruir a terra com água.

É lindo o relacionamento que Deus deseja ter com os humanos. Deus almeja que nossa família dependa dEle em cada detalhe, assim como a família de Noé dependia.

Coloque tua família nas mãos de Deus, é a melhor coisa a fazer! Busquemos reavivamento familiar! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 23 de abril de 2025

JOGO DO CONTENTE

Devocional Diário - Descobertas da fé


23 de abril

JOGO DO CONTENTE

Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. 1 Tessalonicenses 5:18


O livro Poliana, de Eleanor Porter, apresenta alguns valores cristãos significativos. Ele narra as aventuras e os desafios de uma órfã e está repleto de referências bíblicas, incluindo a criação, redenção e a volta de Jesus.

Um dos pontos altos da história é o “jogo do contente”, uma brincadeira que Poliana aprendeu com seu pai, que consiste em buscar sempre algo positivo em meio às dificuldades. Funciona assim: em vez de desanimar com uma pilha de roupa suja, agradeça por ter o que vestir. Em vez de reclamar de um gosto ruim, agradeça pelo paladar.

Na trama, o jogo não nega a presença do mal, mas relembra a existência do bem. Explicando isso para uma tia amargurada, Poliana diz: “Eu falo de viver, de fazer as coisas que lhe dão vontade: brincar ao ar livre, ler (para mim mesma, é claro), escalar colinas, conversar com o senhor Tom no jardim, e com a Nancy, e descobrir tudo sobre as casas e as pessoas e todas as coisas e lugares das ruas maravilhosas pelas quais passei ontem. É isso que eu chamo de viver, tia Polly. Respirar apenas não é viver!” (p. 23).

Confesso que tive dificuldade de entender o jogo. Parecia coisa de gente alienada. A fome no mundo não me convencia a gostar do que não me apetecia, por exemplo. Porém, com o tempo, entendi a proposta.

Não se trata de fingir contentamento, mas de lembrar que, se estou com Deus, sempre haverá um livramento, ainda que não seja completo. Caiu de moto? Que bom que não amputou a perna. Amputou a perna? Que bom que não foram as duas. Amputou as duas? Que bom que sobreviveu. Veio a óbito? Que bom que existe ressurreição. Isso não impede o choro, mas evita que a dor seja o centro da minha vida.

Embora você possa ter sofrido, há muitos que dariam tudo para estar em seu lugar. Se lembrássemos que o que temos normalmente – um chuveiro, uma cama e um prato de comida – é o desejo ardente de milhões de pessoas, talvez reclamássemos menos. Concentre-se no que tem, e não no que falta.

Independentemente de sua condição, você sempre terá algo que o outro não tem. Erga sua face e contemple as vidas ao redor. Há dores além da sua. Ajude alguém. Talvez a cura que tanto almeja esteja ao seu lado, esperando pela caridade que você pode dar.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/jogo-do-contente/

INTELECTUALISMO E FÉ

  Devocional Diário - Descobertas da fé 26 de abril INTELECTUALISMO E FÉ Irmãos, quando estive com vocês, anunciando-lhes o mistério de Deu...