sexta-feira, 19 de abril de 2024

As primeiras coisas

 Devocional Diário

As primeiras coisas

Aos filhos das concubinas que tinha, Abraão deu presentes. Gênesis 25:6

Dizem que Boston é a cidade das “primeiras coisas”. Ali se construiu o primeiro metrô dos Estados Unidos, o primeiro parque público, a primeira escola pública. Ao percorrermos suas ruas, logo entendemos que aquele é um espaço de inovações. Algo semelhante ocorre quando se passeia por Florença, na Itália, uma cidade que transpira lembranças do Renascimento e a criatividade de sua gente. A cada instante de sua história algo novo foi construído.

Existem personagens na Bíblia que possuíam essas características. Os comentaristas judeus do início da era cristã dizem que Noé foi o primeiro a realizar quatro coisas. Foi o primeiro a plantar uma vinha (Gn 9:20), a ficar embriagado (v. 21), a proferir uma maldição (v. 25) e a propor a escravidão (v. 25). Infelizmente, essas inovações não trouxeram muitas melhorias ao mundo.

Moisés é outro personagem que realizou algumas coisas pela primeira vez. Ele foi o primeiro no sacerdócio e no púlpito (Êx 40:1-15), o primeiro a realizar sacrifícios seguindo as normas levíticas (Lv 8:21) e o primeiro a segurar a Torá (mandamentos) e ensiná-la (Êx 24:12). Foram boas inovações para um povo que precisava do amparo das instituições religiosas.

Acho, porém, que Abraão supera esses dois. Segundo Gênesis 24:1, Abraão foi a primeira pessoa a ser descrita como velho no texto bíblico. Segundo a literatura rabínica, foi o primeiro a ser provado (Gn 22) e a hospedar pessoas debaixo de uma tamargueira (Gn 21:33). Mas, sobretudo, ele foi o primeiro a conceder uma herança em vida (Gn 25:6). E é essa última prática que me anima a colocá-lo em primeiro lugar no ranking das primeiras coisas a terem sido realizadas, pois fala muito bem da maneira de ser do patriarca.

Abraão queria o melhor para todos os seus filhos e, apesar de seus sentimentos de pai, não hesitou em investir naquilo que podia parecer uma perda econômica e emocional. Entendo que dar presentes a seus filhos não seria tão difícil quanto vê-los se afastando dele. Como um bom pai, porém, aquela perda era ganho, e ele fez o que tinha que fazer para garantir um futuro estável a seus filhos.

Por acaso você também tem essa preocupação? A inovação de Abraão deveria ser bem lembrada e praticada nos dias de hoje.

Vislumbres da eternidade
19 de abril
https://mais.cpb.com.br/meditacao/as-primeiras-coisas/
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Ezequiel 25 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 25
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 25 – Um breve resumo das razões pelas quais Deus proferiu mensagens de julgamento contra povos da redondeza dos judeus nos ajudam a compreender importantes verdades de um Deus que rege todo o Universo e está acima de todas as nações/religiões:

1. Amom (Ezequiel 25:1-7): Os amonitas descendiam de Ló, sobrinho de Abraão. Eles eram pagãos, frequentemente hostis a Israel e se alegravam com as desgraças do povo de Deus. Por zombarem do remanescente de Deus, receberiam o julgamento.

2. Moabe (Ezequiel 25:8-11): Os moabitas também eram descendentes de Ló e tinham uma história de hostilidade com Israel. Eles se aproveitaram das adversidades de Israel e se opuseram ao povo de Deus em várias ocasiões.

3. Edom (Ezequiel 25:12-14): Os edomitas descendiam de Esaú, irmão de Jacó/Israel. A relação entre Edom e os judeus era tensa e, em muitas ocasiões, se mostraram inimigos do povo de Deus. Eles não mostraram compaixão ou solidariedade durante os momentos difíceis de Israel, o que resultou em julgamento divino.

4. Filístia (Ezequiel 25:15-17): Os filisteus eram tradicionalmente inimigos de Israel desde tempos remotos. Eles frequentemente guerrearam contra Israel e causaram muito sofrimento ao povo de Deus. O Senhor julga tudo o que acontece no mundo!

Estas nações foram responsabilizadas por suas hostilidades, desprezos e violências contra Israel. Deus usou o profeta Ezequiel para anunciar o julgamento sobre elas, destacando a justiça de Deus e seu cuidado pelo Seu povo escolhido. Ao mesmo tempo, essas mensagens de juízo também serviam como um aviso para os judeus sobre a importância de se manter fiel a Deus e evitar as práticas e alianças pagãs que levavam à desobediência e ao afastamento de Deus.

Muitas vezes o povo de Deus permite ser influenciado pelos povos vizinhos. Nos dias de hoje, não é diferente. A igreja verdadeira fica de olho nas igrejas falsas a fim de copiar o que está “dando certo” lá, ainda que estas denominações ataquem a igreja remanescente. O povo de Deus é julgado por absorver as práticas erradas, mas os povos/igrejas que influenciam para o mal também serão sentenciados/as por Deus.

O Deus que outrora agiu soberanamente sobre todas as nações, agora é soberano inclusive sobre todas as religiões. Seu julgamento no passado deve servir de alerta atualmente! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Amor, ordem e redenção

 Devocional Diário

Amor, ordem e redenção

Embora andemos na carne, não lutamos segundo a carne. 2 Coríntios 10:3

“O amor como princípio, a ordem como base e o progresso como fim” é o lema que sintetiza o pensamento positivista de Auguste Comte. Esse autor foi tão influente que o positivismo impregnou cada camada da sociedade, especialmente o pensamento científico. Sua busca por ordem estabeleceu rótulos para cada faceta da realidade.

Semelhantemente, na igreja de Corinto tudo e todos recebiam um rótulo: os de Afrodite (sensualistas), Hera (matrimonialistas) ou Dionísio (bêbados); os de Apolo (curandeiros), Esculápio (médicos) ou Poseidon (marinheiros); os da carne, os do caos e os judaizantes. Diante desse cenário, Paulo orientou os fiéis quanto às prioridades de Deus, sobre a preeminência do amor genuíno, sobre o tempo e o espaço dos dons. O único rótulo que eles deveriam receber era “cristão”, e o único modelo era Cristo.

Em Sua taxonomia (classificação), Cristo não fala de liberais ou conservadores, sensualistas ou racionalistas, tradicionalistas ou progressistas. Jesus classifica a humanidade em trigo/ovelhas (crentes) ou joio/bodes (incrédulos). O crente deve ser decente por natureza e, por definição, deve ser ordeiro. Deve promover a honestidade, o crescimento e o equilíbrio. Diante da constante influência mundana na igreja, ele “deve realizar uma obra que requer muito tato, uma vez que é chamado a enfrentar apostasia, descontentamento, inveja e ciúmes na igreja, e terá que trabalhar no espírito de Cristo para colocar as coisas em ordem. Deve advertir firmemente, repreender o pecado e corrigir os erros, não apenas do púlpito, mas também por trabalho pessoal” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 335 [526, 527]).

Como cristãos, devemos trabalhar para alcançar esse objetivo. Em meio ao caos e à confusão do pecado, somos chamados a repreender, corrigir, ordenar e organizar aquilo que o pecado desfez. Essa não é uma obra realizada com o simples objetivo de colocar as coisas em seu lugar, mas de salvar.

Se fôssemos reescrever o pensamento de Comte, talvez poderíamos fazê-lo assim: “O amor como princípio, a ordem como base e a redenção como fim.” Para Deus, tudo deve ser feito com ordem e decência, mas o objetivo maior deve ser sempre a salvação – nossa e do nosso próximo.

 Vislumbres da eternidade
18 de abril
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Ezequiel 24 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 24
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 24 – Este capítulo contém uma profecia poderosa que utiliza a metáfora de uma panela fervendo para transmitir uma mensagem de julgamento e purificação de Jerusalém.

O capítulo inicia com uma palavra do Senhor dirigida a Ezequiel sobre a panela que está cheia de carne (representando o povo de Jerusalém) e está fervendo, simbolizando o julgamento iminente que viria sobre a cidade devido à sua corrupção e pecado.

A metáfora da panela fervente é ampliada com a introdução de uma camada de ferrugem ou sujeira na panela – “uma crosta” (Ezequiel 24:6). Isso representa a impureza, imoralidade, perversão e corrupção que infiltraram nos habitantes de Jerusalém, tornando-a inaceitável aos olhos de Deus (Ezequiel 24:7-8).

O Senhor declara que não terá piedade ou misericórdia, pois além de tornar-se imunda, imoral e perversa, toda a tentativa divina de corrigir Jerusalém foi em vão: “Ora, a sua impureza é a lascívia. Como eu desejei purificá-la, mas você não quis ser purificada, você não voltará a estar limpa, enquanto não se abrandar a minha ira contra você” (Ezequiel 24:9-14). Isso indica para o leitor atual que:

• Assim como a ferrugem ou crosta não podem ser removidas facilmente, o pecado e a corrupção do povo não podem ser banalizados nem subestimados. Precisam ser tratados com seriedade.

• A seriedade do pecado precisa ser avaliada aos olhos de Deus, pois é inevitável o julgamento quando um povo se afasta de Seus puros e santos caminhos.

• Assim como a crosta ou ferrugem da panela precisa ser persistentemente removida, o pecado e a impureza em nossa vida também precisam ser removidos através do arrependimento, antes que venha o julgamento.

Há um preço para limpar a panela; porém, custa muito mais caro deixar a panela imunda! No final do capítulo, o profeta de Deus é divinamente instruído a não lamentar a morte de sua querida e amada esposa como um sinal para o povo. Esta ação serve como um símbolo da perda que o povo de Jerusalém experimentará, incluindo a perda de seus entes queridos e seus pertences mais preciosos, por não se arrepender de seus pecados (Ezequiel 24:15-27).

Apesar da severidade no julgamento, Deus é justo em julgar. Ele dá avisos e oportunidades para o arrependimento antes de trazer o julgamento. Como reagiremos?

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Beleza interior

 Devocional Diário

Beleza interior

Quão grande é a Sua bondade! E quão grande é a Sua formosura! Zacarias 9:17


A estética é muito importante em nosso mundo, pois ela define coisas e pessoas. Um sociólogo afirmou que a forma com que as mensagens são apresentadas é tão importante quanto o conteúdo delas. Tudo precisa ter um design. Steve Jobs entendeu isso muito bem, e o mundo se encheu de iMacs, iPhones e iPads. O que é novo geralmente deve ser belo e leve. Nossa sociedade é obcecada pela beleza das coisas e das pessoas. Todos são incentivados a parecer jovens. Vemos pessoas mais velhas “esticando” as rugas e se enchendo de botox para parecerem mais jovens do que são. São pessoas que buscam a formosura da pele, esquecendo-se da beleza da alma.

Deus gosta da beleza e, no princípio, fez tudo belo (no livro do Gênesis, a palavra utilizada para “bom” também pode significar “belo” e, curiosamente, “útil”). A procura pela excelência na estética é positiva – desde que a superfície reflita o interior. Às vezes observo cristãos que, por seu aspecto, não parecem ser quem dizem ser. Não me refiro a usos e costumes, mas ao tipo de mensagem que estão comunicando. Jesus, em Mateus 12:34, afirma que tudo aquilo que há em nosso interior se exterioriza no final. Nossas palavras, nosso olhar, nossos gestos e até nossa maneira de vestir estão carregados de informação. Refletimos o que somos.

Zacarias afirma que Deus não é somente “bom”, Ele é também “formoso”. Há tanto de bom no Senhor, tanta generosidade em Seu ser que, de onde quer que você O olhe, verá que Ele é de uma beleza espetacular. Seu exterior reflete a enormidade do Seu interior. Deus possui uma beleza de imenso valor.

Proponho que, assim como Jesus nos aconselhou, você se encha de tantas coisas positivas (respeito, gentileza, generosidade, simpatia, pureza, etc.) que elas transbordem para fora de você. Se você se encher de conteúdo, deixará de ser superficial e não viverá sob os ditames da moda e das futilidades exteriores. Não há rosto mais bonito do que o de uma pessoa boa. Nem o Photoshop consegue algo assim.

Portanto, não invista seus recursos apenas na beleza exterior, mas, acima de tudo, em formar um caráter semelhante à Fonte de toda beleza, um caráter para a eternidade.

Vislumbres da eternidade
17 de abril
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Ezequiel 23 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 23
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 23 – As séries de visões e mensagens proféticas de Ezequiel não apenas retratam a realidade histórica de seu tempo; elas também carregam significados teológicos profundos para todos os tempos.

Na seção, o profeta concentra-se em quatro acontecimentos primordiais que têm implicações teológicas significativas para a compreensão do plano de Deus e do Seu relacionamento com Seu povo; os quais são:

• O triste fim da cidade de Jerusalém (Ezequiel 22:1-31). A cidade que deveria ser um lugar santo e um reflexo da presença da verdadeira divindade, tornou-se centro de iniquidade. A corrupção e a injustiça corroeram o povo de Jerusalém – cidade que chegava ao seu fim. A queda de Jerusalém revela-nos a importância da integridade moral e espiritual. Deus é santo e justo, por isso não tolera o pecado. Como Seu povo hoje, somos chamados a viver de forma justa e fiel, refletindo a santidade divina em nossa vida.

• O lamentável fim do Reino de Judá (Ezequiel 23:1-49). Utilizando-se da metáfora de duas irmãs infiéis, Oolá e Oolibá, para descrever a infidelidade de Israel e Judá, o profeta aborda o adultério espiritual – alianças com nações pagãs e adoração a ídolos – como razões para o fim da nação judaica. Este relato sagrado mostra-nos que Deus deseja um relacionamento de amor e compromisso sério conosco, e, a infidelidade espiritual tem consequências mais graves que a infidelidade conjugal.

• O fim de uma ilusão (Ezequiel 24:1-14). Através de uma panela fervente ilustrando a iminente destruição de Jerusalém, o profeta revela a ilusão da segurança e prosperidade que seriam dissipadas com o juízo divino.

• O fim do casamento do profeta (Ezequiel 24:15-27). A interrupção do casamento de Ezequiel devido à morte de sua esposa revela-nos que mesmo pelas consequências da infidelidade de Seu povo, Deus continua nos amando, ansiando que O reconheçamos como Senhor.

Considerando ainda Ezequiel 23, destacamos que:

A história das duas irmãs adúlteras lembra-nos da importância de mantermos nossa íntima relação com Deus de forma íntegra, e, evitar sermos seduzidos por tentações e influências que nos afastam dos Seus maravilhosos caminhos retos.

A lealdade e a integridade são fundamentais para construir relacionamentos saudáveis e duradouros, tanto sociais quanto espirituais.

Devemos priorizar a Deus em nossa existência e fugir de qualquer forma de idolatria e desobediência...

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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terça-feira, 16 de abril de 2024

Slow food

 Devocional Diário

Slow food

Jacó deu a Esaú pão e o ensopado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Gênesis 25:34

Esaú era um homem impaciente. Era o tipo de pessoa que adorava “hambúrgueres”. Ele era um homem de ação, e tudo com ele era “para já”. Tinha sido um longo dia, e Esaú queria comer. A única coisa que havia “para já” era um guisado avermelhado que seu irmão tinha preparado. A primogenitura era um preço demasiado alto para um guisado avermelhado, mas esse era o preço do “para já”, e Esaú não pensou muito no que estava perdendo. Já vimos isso muitas vezes: alguém encomenda uma porção imensa de carboidratos, um copo enorme de refrigerante e um sorvete superaçucarado. Senta-se para comer e nem chega a refletir na forma como aquilo prejudica seu corpo.

Foi na região italiana do Piemonte que se inventou a slow food (comida lenta), uma tendência de fazer as coisas no tempo que elas requerem. O logotipo dessa tendência gastronômica é um caracol, o que não deixa de ser divertido. No Piemonte, os campos, os produtos e as pessoas são um convite para o modo “a seu tempo”.

Não somos chamados para viver o tipo de vida “para já”, pois tudo tem o seu momento. Assim declarou o sábio Salomão. Por isso, proponho esta tradução de Eclesiastes 3:2 a 11. Leia pausadamente, como se a saboreasse: “Um momento para nascer e outro para morrer. Um momento para plantar e outro para arrancar. Um momento para matar e outro para curar. Um momento para destruir e outro para construir. Um momento para chorar e outro para rir. Um momento para prantear e outro para dançar. Um momento para espalhar pedras e outro para ajuntar pedras. Um momento para abraçar e outro para não abraçar. Um momento para procurar e outro para perder. Um momento para economizar e outro para doar. Um momento para rasgar e outro para costurar. Um momento para falar e outro para calar. Um momento para amar e outro para odiar. Um momento de guerra e outro de paz. Que proveito tem o trabalhador em ficar obcecado? Tenho visto a atividade que Deus tem dado ao ser humano para que se dedique a ela. Ele fez tudo bem bonito e no seu devido tempo.”

Você tem tomado tempo para degustar a Palavra de Deus? Tire o pé do acelerador e aprenda a contemplar com calma as maravilhas do Eterno. Isso fará bem ao seu corpo e à sua mente. 

Vislumbres da eternidade
16 de abril
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As primeiras coisas

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