sábado, 20 de abril de 2024

Uma pitada de sal

 Devocional Diário

Uma pitada de sal

Que a palavra dita por vocês seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibam como devem responder a cada um. Colossenses 4:6

Para uma boa comunicação, a maneira como transmitimos a mensagem é tão importante quanto o conteúdo. Existem cristãos que acham que, por conhecerem a verdade, podem valer-se de ousadia em qualquer comentário e até ser rudes ao fazê-lo. Também há os que adoçam tanto o que falam que a mensagem parece fantasiosa, inverossímil e enjoativa. Paulo aconselha que sempre nos expressemos com graça (elegância e amabilidade) e que temperemos nossas conversas com sal. Sal? Isso deve necessariamente ser uma metáfora, pois não creio que a orientação do apóstolo fosse literal ou para manter uma conversação usando um tom mais agressivo ou “salgado”.

Na época de Paulo, o sal tinha várias funções. Em primeiro lugar, era empregado para conservar os alimentos. Talvez o apóstolo estivesse se referindo à maneira de nos expressarmos, a fim de conservarmos boas relações e mantermos amizades. Em segundo lugar, o sal incrementa o sabor dos alimentos. Como cristãos, devemos transmitir mensagens cheias de vida, que despertam o que há de melhor nos outros e os incentivem a ser melhores. Em terceiro lugar, o sal era um meio de pagamento. Daí a palavra “salário”. Precisamos sempre valorizar as qualidades das pessoas. Será que somos generosos em afeição e palavras para com as pessoas e por aquilo que elas fazem? Em quarto lugar, o sal era usado para curar. Será que nossas palavras curam? E nossas atitudes, nosso olhar? Existem palavras que são como um bálsamo nos momentos de necessidade!

Olhando por esse lado, é interessante e muito positivo pôr uma pitada de sal em nossa apresentação. Temos uma mensagem espetacular e, para transmiti-la, precisamos das nossas melhores habilidades. Uma atitude correta, uma palavra adequada, um sorriso oportuno podem alterar a reação de uma pessoa, podendo facilitar seu relacionamento com a verdade.

Ao se preparar para falar da grandeza da graça do Senhor, não deixe de acrescentar à sua fala uma pitada de sal. Mas cuidado para não salgar tudo! A diferença entre o remédio e o veneno muitas vezes é a dose. Peça sabedoria ao Senhor, e que Ele o oriente quanto à melhor maneira de ser “sal da Terra” (Mt 5:13). 

Vislumbres da eternidade
20 de abril
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Ezequiel 26 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 26
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 26 – Tiro era uma cidade fenícia antiga, situada no litoral do atual Líbano, conhecida por sua riqueza, comércio marítimo e fortificações impressionantes.

Tiro era uma cidade próspera e influente na antiguidade, conhecida por sua indústria marítima e por sua habilidade na fabricação de tecidos de púrpura, uma cor altamente valorizada na época.

Tiro recebeu uma profecia de Ezequiel revelando sua destruição como punição por sua arrogância e pecados. O profeta descreveu como a cidade seria atacada por muitas nações e suas muralhas seriam derrubadas, casas destruídas e seus habitantes seriam mortos ou levados como escravos.

A profecia contra Tiro proferida por Ezequiel cumpriu-se parcialmente com a invasão de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que sitiou a cidade e a conquistou parcialmente. No entanto, a destruição completa aconteceu posteriormente, pelas mãos de Alexandre, o Grande – cerca de 250 anos após Ezequiel profetizar.

William MacDonald comenta que, com a invasão babilônica, “o povo [de Tiro] fugiu com seus bens para uma ilha próxima da costa, também chamada Tiro, onde permaneceu por 250 anos. Porém, em 332 a.C., Alexandre, o Grande, construiu uma passagem para a ilha lançando no mar os escombros da cidade antiga. Essa passagem de Ezequiel descreve o feito de Alexandre. Mais de cem anos atrás, um viajante observou que as ruínas de Tiro correspondem de modo exato à previsão de Ezequiel: ‘A ilha propriamente dita não tem mais de 1,6 quilômetro de extensão. A parte que se projeta para o sul além do istmo mede cerca de quatrocentos metros de largura e apresenta um terreno rochoso e irregular. Ocupada hoje em dia por apenas alguns pescadores é, de fato, um “enxugadouro de redes”’ ...Em cumprimento ao versículo 21, Tiro nunca foi reconstruída. Em seu livro Science Speaks, Peter Stone comenta que a probabilidade de essa profecia se cumprir de modo completo, com todos os seus detalhes, era de um em quatrocentos milhões”.

Fica evidente, então, a improbabilidade do cumprimento da profecia por meras coincidências, evidenciando a origem divina.

Ezequiel 26 destaca a certeza, a precisão e a confiabilidade da mensagem profética, revelando como Deus é capaz de prever eventos futuros com detalhes impressionantes e de se cumprirem de forma cirúrgica ao longo do tempo, independentemente das improbabilidades.

A mensagem bíblica é confiável. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 19 de abril de 2024

As primeiras coisas

 Devocional Diário

As primeiras coisas

Aos filhos das concubinas que tinha, Abraão deu presentes. Gênesis 25:6

Dizem que Boston é a cidade das “primeiras coisas”. Ali se construiu o primeiro metrô dos Estados Unidos, o primeiro parque público, a primeira escola pública. Ao percorrermos suas ruas, logo entendemos que aquele é um espaço de inovações. Algo semelhante ocorre quando se passeia por Florença, na Itália, uma cidade que transpira lembranças do Renascimento e a criatividade de sua gente. A cada instante de sua história algo novo foi construído.

Existem personagens na Bíblia que possuíam essas características. Os comentaristas judeus do início da era cristã dizem que Noé foi o primeiro a realizar quatro coisas. Foi o primeiro a plantar uma vinha (Gn 9:20), a ficar embriagado (v. 21), a proferir uma maldição (v. 25) e a propor a escravidão (v. 25). Infelizmente, essas inovações não trouxeram muitas melhorias ao mundo.

Moisés é outro personagem que realizou algumas coisas pela primeira vez. Ele foi o primeiro no sacerdócio e no púlpito (Êx 40:1-15), o primeiro a realizar sacrifícios seguindo as normas levíticas (Lv 8:21) e o primeiro a segurar a Torá (mandamentos) e ensiná-la (Êx 24:12). Foram boas inovações para um povo que precisava do amparo das instituições religiosas.

Acho, porém, que Abraão supera esses dois. Segundo Gênesis 24:1, Abraão foi a primeira pessoa a ser descrita como velho no texto bíblico. Segundo a literatura rabínica, foi o primeiro a ser provado (Gn 22) e a hospedar pessoas debaixo de uma tamargueira (Gn 21:33). Mas, sobretudo, ele foi o primeiro a conceder uma herança em vida (Gn 25:6). E é essa última prática que me anima a colocá-lo em primeiro lugar no ranking das primeiras coisas a terem sido realizadas, pois fala muito bem da maneira de ser do patriarca.

Abraão queria o melhor para todos os seus filhos e, apesar de seus sentimentos de pai, não hesitou em investir naquilo que podia parecer uma perda econômica e emocional. Entendo que dar presentes a seus filhos não seria tão difícil quanto vê-los se afastando dele. Como um bom pai, porém, aquela perda era ganho, e ele fez o que tinha que fazer para garantir um futuro estável a seus filhos.

Por acaso você também tem essa preocupação? A inovação de Abraão deveria ser bem lembrada e praticada nos dias de hoje.

Vislumbres da eternidade
19 de abril
https://mais.cpb.com.br/meditacao/as-primeiras-coisas/
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Ezequiel 25 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 25
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 25 – Um breve resumo das razões pelas quais Deus proferiu mensagens de julgamento contra povos da redondeza dos judeus nos ajudam a compreender importantes verdades de um Deus que rege todo o Universo e está acima de todas as nações/religiões:

1. Amom (Ezequiel 25:1-7): Os amonitas descendiam de Ló, sobrinho de Abraão. Eles eram pagãos, frequentemente hostis a Israel e se alegravam com as desgraças do povo de Deus. Por zombarem do remanescente de Deus, receberiam o julgamento.

2. Moabe (Ezequiel 25:8-11): Os moabitas também eram descendentes de Ló e tinham uma história de hostilidade com Israel. Eles se aproveitaram das adversidades de Israel e se opuseram ao povo de Deus em várias ocasiões.

3. Edom (Ezequiel 25:12-14): Os edomitas descendiam de Esaú, irmão de Jacó/Israel. A relação entre Edom e os judeus era tensa e, em muitas ocasiões, se mostraram inimigos do povo de Deus. Eles não mostraram compaixão ou solidariedade durante os momentos difíceis de Israel, o que resultou em julgamento divino.

4. Filístia (Ezequiel 25:15-17): Os filisteus eram tradicionalmente inimigos de Israel desde tempos remotos. Eles frequentemente guerrearam contra Israel e causaram muito sofrimento ao povo de Deus. O Senhor julga tudo o que acontece no mundo!

Estas nações foram responsabilizadas por suas hostilidades, desprezos e violências contra Israel. Deus usou o profeta Ezequiel para anunciar o julgamento sobre elas, destacando a justiça de Deus e seu cuidado pelo Seu povo escolhido. Ao mesmo tempo, essas mensagens de juízo também serviam como um aviso para os judeus sobre a importância de se manter fiel a Deus e evitar as práticas e alianças pagãs que levavam à desobediência e ao afastamento de Deus.

Muitas vezes o povo de Deus permite ser influenciado pelos povos vizinhos. Nos dias de hoje, não é diferente. A igreja verdadeira fica de olho nas igrejas falsas a fim de copiar o que está “dando certo” lá, ainda que estas denominações ataquem a igreja remanescente. O povo de Deus é julgado por absorver as práticas erradas, mas os povos/igrejas que influenciam para o mal também serão sentenciados/as por Deus.

O Deus que outrora agiu soberanamente sobre todas as nações, agora é soberano inclusive sobre todas as religiões. Seu julgamento no passado deve servir de alerta atualmente! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Amor, ordem e redenção

 Devocional Diário

Amor, ordem e redenção

Embora andemos na carne, não lutamos segundo a carne. 2 Coríntios 10:3

“O amor como princípio, a ordem como base e o progresso como fim” é o lema que sintetiza o pensamento positivista de Auguste Comte. Esse autor foi tão influente que o positivismo impregnou cada camada da sociedade, especialmente o pensamento científico. Sua busca por ordem estabeleceu rótulos para cada faceta da realidade.

Semelhantemente, na igreja de Corinto tudo e todos recebiam um rótulo: os de Afrodite (sensualistas), Hera (matrimonialistas) ou Dionísio (bêbados); os de Apolo (curandeiros), Esculápio (médicos) ou Poseidon (marinheiros); os da carne, os do caos e os judaizantes. Diante desse cenário, Paulo orientou os fiéis quanto às prioridades de Deus, sobre a preeminência do amor genuíno, sobre o tempo e o espaço dos dons. O único rótulo que eles deveriam receber era “cristão”, e o único modelo era Cristo.

Em Sua taxonomia (classificação), Cristo não fala de liberais ou conservadores, sensualistas ou racionalistas, tradicionalistas ou progressistas. Jesus classifica a humanidade em trigo/ovelhas (crentes) ou joio/bodes (incrédulos). O crente deve ser decente por natureza e, por definição, deve ser ordeiro. Deve promover a honestidade, o crescimento e o equilíbrio. Diante da constante influência mundana na igreja, ele “deve realizar uma obra que requer muito tato, uma vez que é chamado a enfrentar apostasia, descontentamento, inveja e ciúmes na igreja, e terá que trabalhar no espírito de Cristo para colocar as coisas em ordem. Deve advertir firmemente, repreender o pecado e corrigir os erros, não apenas do púlpito, mas também por trabalho pessoal” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 335 [526, 527]).

Como cristãos, devemos trabalhar para alcançar esse objetivo. Em meio ao caos e à confusão do pecado, somos chamados a repreender, corrigir, ordenar e organizar aquilo que o pecado desfez. Essa não é uma obra realizada com o simples objetivo de colocar as coisas em seu lugar, mas de salvar.

Se fôssemos reescrever o pensamento de Comte, talvez poderíamos fazê-lo assim: “O amor como princípio, a ordem como base e a redenção como fim.” Para Deus, tudo deve ser feito com ordem e decência, mas o objetivo maior deve ser sempre a salvação – nossa e do nosso próximo.

 Vislumbres da eternidade
18 de abril
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Ezequiel 24 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 24
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 24 – Este capítulo contém uma profecia poderosa que utiliza a metáfora de uma panela fervendo para transmitir uma mensagem de julgamento e purificação de Jerusalém.

O capítulo inicia com uma palavra do Senhor dirigida a Ezequiel sobre a panela que está cheia de carne (representando o povo de Jerusalém) e está fervendo, simbolizando o julgamento iminente que viria sobre a cidade devido à sua corrupção e pecado.

A metáfora da panela fervente é ampliada com a introdução de uma camada de ferrugem ou sujeira na panela – “uma crosta” (Ezequiel 24:6). Isso representa a impureza, imoralidade, perversão e corrupção que infiltraram nos habitantes de Jerusalém, tornando-a inaceitável aos olhos de Deus (Ezequiel 24:7-8).

O Senhor declara que não terá piedade ou misericórdia, pois além de tornar-se imunda, imoral e perversa, toda a tentativa divina de corrigir Jerusalém foi em vão: “Ora, a sua impureza é a lascívia. Como eu desejei purificá-la, mas você não quis ser purificada, você não voltará a estar limpa, enquanto não se abrandar a minha ira contra você” (Ezequiel 24:9-14). Isso indica para o leitor atual que:

• Assim como a ferrugem ou crosta não podem ser removidas facilmente, o pecado e a corrupção do povo não podem ser banalizados nem subestimados. Precisam ser tratados com seriedade.

• A seriedade do pecado precisa ser avaliada aos olhos de Deus, pois é inevitável o julgamento quando um povo se afasta de Seus puros e santos caminhos.

• Assim como a crosta ou ferrugem da panela precisa ser persistentemente removida, o pecado e a impureza em nossa vida também precisam ser removidos através do arrependimento, antes que venha o julgamento.

Há um preço para limpar a panela; porém, custa muito mais caro deixar a panela imunda! No final do capítulo, o profeta de Deus é divinamente instruído a não lamentar a morte de sua querida e amada esposa como um sinal para o povo. Esta ação serve como um símbolo da perda que o povo de Jerusalém experimentará, incluindo a perda de seus entes queridos e seus pertences mais preciosos, por não se arrepender de seus pecados (Ezequiel 24:15-27).

Apesar da severidade no julgamento, Deus é justo em julgar. Ele dá avisos e oportunidades para o arrependimento antes de trazer o julgamento. Como reagiremos?

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Beleza interior

 Devocional Diário

Beleza interior

Quão grande é a Sua bondade! E quão grande é a Sua formosura! Zacarias 9:17


A estética é muito importante em nosso mundo, pois ela define coisas e pessoas. Um sociólogo afirmou que a forma com que as mensagens são apresentadas é tão importante quanto o conteúdo delas. Tudo precisa ter um design. Steve Jobs entendeu isso muito bem, e o mundo se encheu de iMacs, iPhones e iPads. O que é novo geralmente deve ser belo e leve. Nossa sociedade é obcecada pela beleza das coisas e das pessoas. Todos são incentivados a parecer jovens. Vemos pessoas mais velhas “esticando” as rugas e se enchendo de botox para parecerem mais jovens do que são. São pessoas que buscam a formosura da pele, esquecendo-se da beleza da alma.

Deus gosta da beleza e, no princípio, fez tudo belo (no livro do Gênesis, a palavra utilizada para “bom” também pode significar “belo” e, curiosamente, “útil”). A procura pela excelência na estética é positiva – desde que a superfície reflita o interior. Às vezes observo cristãos que, por seu aspecto, não parecem ser quem dizem ser. Não me refiro a usos e costumes, mas ao tipo de mensagem que estão comunicando. Jesus, em Mateus 12:34, afirma que tudo aquilo que há em nosso interior se exterioriza no final. Nossas palavras, nosso olhar, nossos gestos e até nossa maneira de vestir estão carregados de informação. Refletimos o que somos.

Zacarias afirma que Deus não é somente “bom”, Ele é também “formoso”. Há tanto de bom no Senhor, tanta generosidade em Seu ser que, de onde quer que você O olhe, verá que Ele é de uma beleza espetacular. Seu exterior reflete a enormidade do Seu interior. Deus possui uma beleza de imenso valor.

Proponho que, assim como Jesus nos aconselhou, você se encha de tantas coisas positivas (respeito, gentileza, generosidade, simpatia, pureza, etc.) que elas transbordem para fora de você. Se você se encher de conteúdo, deixará de ser superficial e não viverá sob os ditames da moda e das futilidades exteriores. Não há rosto mais bonito do que o de uma pessoa boa. Nem o Photoshop consegue algo assim.

Portanto, não invista seus recursos apenas na beleza exterior, mas, acima de tudo, em formar um caráter semelhante à Fonte de toda beleza, um caráter para a eternidade.

Vislumbres da eternidade
17 de abril
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Uma pitada de sal

  Devocional Diário Uma pitada de sal Que a palavra dita por vocês seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibam como devem resp...